ALOHA E NAMASTÊ

ALOHA E NAMASTÊ
Em busca do equilíbrio corpo,mente e espirito através da ayurveda e do surf.

Ser terapeuta!

"Cura é uma das dimensões mais delicadas, e a delicadeza consiste no terapeuta não fazer nada.
O terapeuta não é realmente um curador porque ele não é um fazedor.A cura acontece através dele.Ele tem apenas que se aniquilar.
Ser um terapeuta realmente significa não ser.
Quanto menos você for,melhor acontecerá a cura.
Quanto mais você for,bloqueada estará a passagem.O todo é quem cura"
OSHO BELOVED OF MY HEART

Os chakras


No corpo humano há numerosos centros de energia. Os sete principais estão ao longo da coluna vertebral e se chamam chakras. Cada um deles se associa com glândulas endócrinas, e estão compostos por camadas sucessivas de energia que vibram a freqüências cada vez mais elevadas. 
Chakra significa "roda" em sânscrito. Os vedas (escrituras espirituais de dez mil anos de antiguidade) utilizaram este termo para denominar os centros energéticos do corpo humano. Há sete chakras principais e vários secundários. Estes centros de energia se ampliam em forma de remoinhos pelo campo energético que envolve o corpo físico. Cada um dos chakras tem uma parte frontal e uma parte posterior, exceto o primeiro e o sétimo. Todos eles estão unidos por um canal energético que corre ao longo de toda a espinha dorsal, chamado Kundalini. São duas grandes correntes verticais, cuja intersecção cria os chakras. A que descende representa a manifestação (Shakti) e a que ascende representa a liberação (Shiva).


Principais funções dos chakras
Cada chakra é um passo dentro do continuum entre matéria e consciência. Por conseguinte os chakras abarcam todos os níveis da vida: desde o nível somático ou corporal e a consciência instintiva, até os domínios m
ais abstratos da consciência trans-pessoal. Suas funções são:

1. Revitalizar cada corpo aural ou energético e com isso o corpo físico;
2. Provocar o desenvolvimento de distintos aspectos da autoconsciência, pois cada chakra está relacionado com uma função psicológica específica; e
3. Transmitir energia entre os níveis aurais já que cada camada progressiva existe em oitavas de freqüência sempre crescentes.


Os chakras se dividem em chakras inferiores, médios e superiores, também chamados chakras fisiológicos, chakras da personalidade e chakras espirituais. Os chakras inferiores contêm informação sobre o organismo em termos de sobrevivência, sexualidade e ação. Os superiores nos levam a estados de consciência mais transcendentes e operam sobre nossos sistemas de crenças pessoais acerca da espiritualidade e o sentido da vida.
A leitura atenta às antigas escrituras, longe de corroborar a negação dos chakras inferiores para favorecer os superiores, sugere uma ascensão pelos níveis de transcendência cada vez mais altos, mas que inclui o nível anterior e está construído sobre ele. Deste modo, os chakras inferiores proporcionam o fundamento em que se assenta o progresso espiritual, tal como as raízes de uma árvore que, ao empurrar para abaixo, permitem que o tronco cresça mais alto.

Em direção a um funcionamento harmonioso
Quando o estado dos chakras estiver normal, cada um deles estará aberto, girando no sentido dos ponteiros do relógio para metabolizar as energias particulares que necessita do campo de energia universal (que também se chama prana, chi ou orgon). Como os chakras não só metabolizam a energia, mas também a detectam, servem para proporcionar-nos informação sobre o mundo que nos rodeia. Quando o chakra está bloqueado não pode gerar nem receber a energia correspondente a seu plano particular, como o amor ou a comunicação. Como conseqüência, enviamos nossa vibração ao mundo, e então percebemos a energia enviada como exterior a nós e dizemos que isso é o mundo.Esta realidade imaginária que projetamos tem relação com a "imagem" que nós temos formado do mundo através do condicionamento social e das impressões mentais surgidas de nossas experiências infantis.

Os chakras e a personalidade
Os chakras podem estar fechados, pletóricos ou deficientes, ou em qualquer estado intermediário. Estes podem ser os aspectos básicos de uma personalidade durante a maior parte da vida de um indivíduo, ou variar durante determinados momentos ou períodos.
Na mente, os chakras são pautas da consciência, sistemas de crenças através dos quais experimentamos e criamos nosso mundo pessoal. Como cada chakra também está relacionado com uma função psicológica específica, o que projetarmos através deles estará dentro da área de funcionamento de dito chakra. Por exemplo, a pessoa que vê em qualquer situação um possível desafio, pode estar sendo determinada pelo terceiro chakra, enquanto que constantes problemas de saúde e dinheiro indicam que o primeiro chakra está fechado.
Os chakras podem ser abertos com distintos métodos, entre eles as posturas do Hatha yoga (sempre sob a supervisão de um especialista) e a meditação, especialmente a Meditação na Luz (ver artigo “Com o pé direito” da seção de “Alimentação, saúde e espiritualidade”). Assim, os distintos métodos de cura, as experiências vitais e o entendimento em geral conduzem todos a um estado de consciência mais amplo e profundo e a uma abertura e purificação dos chakras.

PRIMEIRO CHAKRA: a terra

Energizando a consciência, Brahma, (o aspecto criativo de Deus) se fez massa;
assim nasceu a matéria e desta matéria, a Vida, a Mente e os mundos.
Mundaka Upanishad 1.1.8

Este chakra pertence ao elemento terra e está relacionado com a energia física e o desejo de viver. É a localização da primeira manifestação da força vital no plano físico e se associa à sobrevivência.
Nome sânscrito: MULADHARA (raiz, fundamento)
Localização: Períneo, base da coluna vertebral, entre o ânus e os genitais.
Função: Energia física e vontade de viver. Sobrevivência, fixação.
Estado íntimo: Tranqüilidade, firmeza, estabilidade.
Manifestação externa: sólido.
Emoção negativa: medo
Glândulas: as supra renais
Outras partes do corpo: pés, pernas, ossos, intestino grosso.
Afecções: obesidade, hemorróidas, prisão de ventre, ciática, artrite degenerativa, lesões de joelhos.
Cor: vermelho
Sentido: olfato
Sonido raiz: Lam
Pétalas: quatro
Planetas: Saturno, a Terra
Metal: o chumbo
Alimentos: proteínas
Verbo relacionado: eu tenho
Caminho yóguico: Hatha
Incenso: Cedro
Pedras preciosas: pedra íman, rubi, granada, sanguina.
Guna: Tamas. Os chakras são centros de energia; o primeiro chakra é o centro mais denso; é tamas como essência; em repouso, inerte e resistente a forças opostas.
Deidades hindus: Brahma, Dakini, Ganesha, Kubera, Uma, Lakshmi, Prisni.
Força ativa principal: a gravidade

PRIMEIRO CHAKRA ABERTO: O chakra raiz atua como bomba de energia no nível etéreo, ajudando a canalizar o fluxo energético para cima pela coluna vertebral. Quando estabelecemos raízes nos sentimos humildes e próximos à terra. Vivemos simplesmente, como em estado de graça. A sensação é de tranqüilidade, solidez e claridade. Descansamos dos desejos vulgares da vida cotidiana e somamos vitalidade à nossa força essencial. Afirmados ao solo, predomina a sensação íntima de segurança porque daí, já não é possível cair. Esta afirmação nos dá um sentido de presença que nos permite estar no aqui e agora.
PRIMEIRO FECHADO: A maior parte da vitalidade fica bloqueada e podemos parecer como ausentes. Evitaremos a atividade física, a energia estará baixa e pode ser que inclusive nos sintamos fracos. A falta de fundamento, somos instáveis. Perdemos nosso centro, oscilamos como papéis ao vento ou nos perdemos em um mundo de fantasias. Nossa atenção se distrai do agora, via por excelência da liberação da mente. Como este chakra rege a sobrevivência, ao estar fechado podemos experimentar dificuldades com a saúde e o modo em que ganhamos a vida. Se não se trabalha este chakra antes de atender aos demais, é como crescer sem estabelecer raízes, debilitados de fundamento e estabilidade. Muitas dificuldades provêm de ter os chakras superiores muito abertos, ao mesmo tempo em que os inferiores não têm a estabilidade necessária para suportar o bombardeio de energias psíquicas. Nos casos extremos podem acontecer transtornos mentais graves como a psicose, onde se perde contato com a própria base e com o que o consenso define como realidade.
COMO HARMONIZA-LO: As técnicas de “enraizamento” permitem canalizar e descarregar este chakra, e a pessoa retorna ao equilíbrio entre estabilidade e sensibilidade. O contato é importante; como bem sabemos às vezes uma simples carícia alivia nosso pesar, e as massagens possuem um papel central para abrir este chakra. Também é útil fazer exercício físico, especialmente bioenergética, ou praticar trabalhos manuais, como a jardinagem, que é muito bom devido ao contato com a terra. Uma prática aconselhável é descansar com as costas sbbobre o solo sentindo os pontos de contato do corpo com ele. De fato, qualquer prática que tenda a “habitar” o corpo energético é ideal, como levar a consciência a distintas partes do corpo e permanecer um momento em cada uma delas. Também é fundamental dormir, comer e descansar de forma equilibrada.

SEGUNDO CHAKRA: a água
O bem supremo é como a água, que tudo nutre sem sequer ter sido solicitada.
Está contente com os lugares baixos que as pessoas desdenham.
Tao Te Ching

Situa-se no baixo ventre e está relacionado com as emoções e a sexualidade. O elemento associado a este chakra é a água, que nos ensina a ser fluidos e dúcteis. 
Nome sânscrito: SWADHISTHANA (doçura)
Localização: Baixo abdômen, genitais, matriz.
Elemento: Água
Função: Desejo, prazer, sexualidade, procriação
Estado íntimo: os sentimentos
Emoção negativa: o remorso
Manifestação externa: líquido
Glândulas: Gônadas (ovários, testículos)
Outras partes do corpo: Matriz, genitais, rins, bexiga, sistema circulatório
Afecções: Impotência, frigidez, doenças da matriz, a bexiga ou os rins, rigidez de costas na parte baixa.
Cor: alaranjado
Sentido: O gosto
Sonido raiz: Vam
Guna: Tamas
Corpo celeste: Lua
Metal: Estanho
Alimentos: líquidos
Verbo relacionado: Eu sinto.
Caminho yóguico: Tantra
Incenso: Iris, gardênia, Damiana.
Pedras preciosas: Carnalina, feldespato, coral
Pétalas: seis
Deidades hindus: Indra, Varuna, Vishnu, Rakini (nome de Shakti ao nível Svadisthana)
Força ativa principal: A atração dos opostos

Este chakra é considerado o centro das emoções, a sensação, o movimento e o instinto de proteção. Também regula a energia sexual e a capacidade de dar e receber amor e prazer em uma relação íntima.
SEGUNDO CHAKRA ABERTO: O organismo humano, igual a outros seres viventes, tende naturalmente ao prazer e evita a dor. Como o de sobrevivência, o princípio de prazer é uma pauta biológica inata e relacionada estreitamente com o instinto de sobrevivência do primeiro chakra, posto que a dor indica que algo ameaça o organismo. Entretanto, este princípio vai além da sobrevivência e a pessoa que tem este centro em equilíbrio se afasta dos extremos de evitar o prazer a toda custo, ou obstinar-se a viver para ele. Quando este centro está equilibrado, facilita o dar e receber prazer sem apego excessivo.
SEGUNDO FECHADO: Se este chakra estiver bloqueado, a força e potência sexuais serão fracas e decepcionantes. A pessoa provavelmente não terá muito impulso sexual e buscará evitar o sexo negando sua importância e prazer. Dependendo do nível de bloqueio, pode ocasionar impotência ou frigidez. Isto pode ser devido a um temor profundo de dar rédeas soltas à sexualidade. Como este chakra também rege o aspecto emocional, seu bloqueio ocasiona negação ou repressão das emoções e falta de empatia para com os sentimentos dos demais. Em um nível mais geral, pode haver dificuldades em procurar prazer e evitar a dor, tanto física como emocional ou psicológica.
COMO HARMONIZÁ-LO: O elemento deste chakra corresponde à água. Como exercício para abrir este centro se recomendam banhos de imersão em um ambiente cálido e limpo, com a consciência de que estamos nos purificando. Com esta mesma consciência, cultivar o hábito de tomar mais água. Este elemento rege as emoções, e a repressão de uma emoção consome energia e ao “desafogá-la” a libera, se isso é feito corretamente adequadamente. Este centro também regula a função de proteção, por esta razão é recomendável o contato físico. O simples fato de tocar, de estender a mão ao outro e sentir empatia é o aspecto curativo do segundo chakra. A atenção dirigida aos demais deve ser equilibrada com a atenção e proteção a si mesmo mediante o sentido comum. Só a própria consciência pode julgar o que é correto em cada caso.

TERCEIRO CHAKRA: o fogo
O primeiro é a fé. Fé acompanhada de determinação, de fervor e do impulso necessário para o crescimento espiritual.
Bhagavad Gita, cap. 17

Este centro se localiza no plexo solar e seus correspondentes são o poder pessoal e a energia metabólica; seu elemento é o fogo. Tal como indica o nome plexo solar, este é um chakra ardente, solar, que carrega luz, calor, energia e poder.

Nome em sânscrito: MANIPURA (Gema brilhante)
Localização: entre o umbigo e o plexo solar
Elemento: fogo
Manifestação externa: plasma
Função: vontade, poder, afirmação de si
Estado íntimo: riso, alegria, vitalidade
Emoção negativa: vergonha
Glândulas: Pâncreas, supra-renais
Outras partes do corpo: Aparato digestivo, músculos
Afecções: úlceras, diabetes, hipoglicemia, transtornos de digestão
Cor: amarelo
Sonido raiz: Ram
Pétalas: Dez
Planetas: Marte, também o Sol
Metal: Ferro
Alimentos: cereais
Verbo relacionado: Eu posso
Caminho yóguico: karma (ação desinteressada, serviço ao próximo)
Incenso: Cravo, sândalo, açafrão, almíscar, canela, gengibre
Pedras preciosas: Âmbar, topázio, quartzo rutilo
Sentido: a vista
Guna: Rajas
Deidades hindus: Agni (fogo), Surya (Sol), Rudra (Shiva), Lakini
Força ativa principal: A combustão

O terceiro chakra corresponde à auto-estima, a ação, a vontade e a vitalidade. Também está associado ao poder e a extroversão, assim como à sabedoria e consciência do próprio lugar no mundo. Seu elemento é o fogo e rege o metabolismo, mediante o qual se integra a energia externa que se transforma em própria. Entrar neste chakra é abraçar o poder interior que provém da integração entre a energia corporal e a inteligência consciente.
TERCEIRO ABERTO: A pessoa se aceita a si mesma e aos demais porque está segura de seu lugar no mundo. É o centro de sua própria expressão do universo manifesto. O sentimento íntimo de estar conectado com a fonte de poder é indispensável para estar seguro de si mesmo e aventurar-se com confiança ao desconhecido. Este poder é capaz de levar-nos a manifestar nossas mais puras intenções em ações concretas. Outro signo de que o terceiro chakra está funcionando corretamente é o amor pelo corpo, que se expressa mediante o cultivo de hábitos saudáveis.
TERCEIRO CHAKRA FECHADO: A ação, o poder e a vitalidade estão ausentes ou seriamente minguados. Experimentamos sentimentos de rejeição pessoal, vergonha e temor psicológico (distinto do medo do primeiro chakra, mais instintivo e relacionado com a sobrevivência). Se prestarmos atenção, reconheceremos que é no plexo solar onde se localiza o medo em forma de desconforto, pressão ou sensação vertiginosa. Quando sentimos medo ou impotência empreendemos a retirada, reduzimos nossa mobilidade até o ponto de nos paralisarmos e empregamos uma parte de nós mesmos para controlar o resto. Este controle necessita energia para manter-se e não a produz, de modo que após algum tempo nos sentimos esgotados, vazios. Diminui ainda mais nosso desejo de atividade e necessitamos utilizar energia artificial em forma de estimulantes como o café, que vão diretamente ao terceiro chakra e o incitam momentaneamente, ainda que a longo prazo o deixem esgotado. Tudo isto forma um círculo vicioso onde perdemos a capacidade de nos deter e encontrar nosso poder interior.
Também podemos saber acerca da saúde deste chakra examinando o estado das estruturas corporais físicas associadas: o estômago tensionado e duro, o ventre inchado, ou o diafragma colapsado são indícios de excessos ou deficiências no terceiro centro. Isto acarreta tanto o desejo de ostentar poder, exercendo controle e influência sobre os demais (como no caso do ventre inchado), bem como de proteger-se do poder externo ou temor a assumir o próprio, que ocasiona uma prega para dentro pelo medo de destacar-se (estômago dolorido). O excesso de peso em geral é outra indicação do mau funcionamento do terceiro chakra, porque indica uma deficiência no metabolismo corporal.
COMO HARMONIZA-LO: Para quebrar o ciclo de medo e fechar-se na gente mesma, a relação com a gente mesma deve ser afirmativa e amorosa. Tem que conceder-se espaço para respirar, explorar e cometer erros, ou nos faltará o ar e esse fogo interior não poderá arder. É necessário compreender e reconciliar-se com esse poder, com a  confiança essencial em nós mesmos, com a força de vontade e a disposição a mudar. O terceiro chakra está a cargo da metabolização do organismo e nos mostra que o poder é o resultado de combinar e integrar, e não de submeter ou dominar. A energia corporal depende da faculdade de conectar com o que nos rodeia, de fundirmos e alimentarmos disso. O poder do terceiro chakra é o da vitalidade e da conexão, não do poder frio do controle. Não é um poder “sobre” algo ou alguém, e sim um poder para “fazer”, para “ser capaz”. Se queremos passar deste chakra ao seguinte, o do coração, temos a necessidade de redefinir o conceito de poder como algo que enaltece, potencia e vigoriza.

QUARTO CHAKRA: O Amor
Até onde se estendem os céus e a terra, até o último confim das águas, e nas alturas onde ardem os fogos, tú es mais grande, AmorAtharva Veda 9.2.19

O quarto chakra, localizado perto do esterno, se associa com o amor e seu elemento é o ar. É o centro através do qual amamos e flui a energia da conexão com toda forma de vida.

Nome sânscrito: ANAHATA (Intato)
Localização: Coração
Elemento: Ar
Manifestação externa: gasoso
Função: Amor
Estado íntimo: Compaixão, amor
Aspecto negativo: A aflição
Glândulas: o timo
Outras partes do corpo: pulmões, coração, pericárdio, braços, mãos,
Doenças: Asma, hipertensão, doenças cardíacas, doenças pulmonares
Cor: Verde
Som raíz: Lam
Pétalas: Doze
Planetas: Venus
Metal: Cobre
Verbo relacionado: Eu amo
Sentido: O tato
Caminho yóguico: Bhakti yoga (devoção, amor por Deus)
Incenso: lavanda, jasmin, iris, milenrama, mejorana, reino de los prados
Piedras preciosas: Esmeralda, turmalina, jade, quartzo rosa
Guna: Umas vezes rajas e outras satvas
O quarto chakra, localizado perto do esterno, se associa com o amor e seu elemento é ar.
Deidades hindus: Vishnu, Lakshmi (como conservadores), Krishna, Isvara, Kama, Vayu, Aditi, Urvasi
Força ativa principal: O equilibrio

Vindo do plexo solar, ativo e ardente, entramos em uns domínios muito diferentes. Do mundo do corpo e da manifestação irrompemos nas sutis regiões do espírito. Transcendemos o ego e avançamos para algo mais amplo, mais elevado, mais profundo, pois superamos nossos limites auto-definidos e nos fundimos no êxtase do amor. O chakra cardíaco é o núcleo do ser, que indicamos sem darmos conta cada vez que dizemos “eu”. A Sua missão consiste em integrar e equilibrar todos nossos aspectos. O coração é o assento dos cinco valores humanos da Verdade, do Amor, da Retidão, da Paz e da Não - violência. No seu centro está a estrela de seis pontas que representa, assim como a estrela de David, a ascensão da matéria e a descida do Espírito. No chakra cardíaco, Shiva (espírito) e Shakti (energia) se unem e em sua dança eterna da criação irradiam amor sobre tudo o que existe.
QUARTO CHAKRA ABERTO: A abertura deste centro nos permite ver em cada indivíduo o nosso próximo e amá-lo incondicionalmente pelo simples fato de existir. Vemos a beleza a luz interna de cada ser e somos capazes de praticar com constância a Regra de Ouro: ”não faças ao outro o que não gostarias que fizessem a ti”.
O amor que experimentamos neste plano é claramente diferente do amor-paixão que corresponde ao segundo chakra. È um amor que irradiamos para tudo o que sai de nós, porque o sentimos dentro como um estado do ser. Implica na aceitação feliz da gente mesma e dos demais, do lugar que nos corresponde dentro da totalidade. Quando este centro está aberto experimentamos uma profunda paz que deriva da ausência de conflitos e de aceitar profundamente tudo o que está ao nosso redor, até o ponto de sentirmos agradecidos.
Quanto mais aberto está este centro, maior é nossa capacidade de amar um círculo de vida cada vez mais amplo. Viver em amor significa viver em equilíbrio, num estado permanente de graça, delicadeza, flexibilidade, tolerância e amabilidade. O mundo é percebido como unidade inter relacionada, coerente e significativa, e nos gera sentimentos de compaixão, conexão e compreensão para aqueles que nos rodeiam; o qual leva ao afã de ajudar, ensinar e curar. Nossa atitude será positiva e consideraremos às demais pessoas como suportes para nossos logros. Então teremos experiências que apóiem nossa vontade e perceberemos que a Vontade Divina e a da gente estão em sintonia.
QUARTO CHAKRA FECHADO: Quando este centro está fechado se experimenta um desequilíbrio e uma ausência de propósito e significado de nossa própria existência e do mundo em geral. Existe uma tendência no sentido de pensar que a vontade de Deus e a de outras pessoas se opõem a nossa. Isto se deve a fortes crenças erradas acerca do funcionamento do universo, que de forma implícita percebemos como hostil. Esta ausência de fé e confiança faz com que procuremos de obter segurança controlando os demais, inclusive agindo de forma desconsiderada, injusta e cruel.
A falta de harmonia neste chakra traz dificuldades para amar sem esperar nada em troca. Nos custará estabelecer relações a longo prazo, pois todas as pautas duradouras são resultado de um equilíbrio entre as partes. Para poder amar deve-se  consentir um certo grau de perda de autonomia para poder  experimentar uma unidade superior, e com este centro fechado não ha a capacidade de ceder em favor do outro. Também pode dar-se o extremo oposto, um desequilíbrio a favor do outro e em detrimento próprio. Este é o chakra do equilíbrio e da harmonia, e nas relações interpessoais se manifesta num equilíbrio dinâmico entre o dar e o receber.
Para poder manter o equilíbrio é necessária a equanimidade. Esta se alcança somente na plenitude do coração como centro do ser, e sem equanimidade não é possível perceber os patrões de ordem do cosmos, da natureza nem de nossas próprias pautas e ritmos de crescimento e evolução. Como conseqüência, experimentamos desolação, solidão, sentimentos de desconexão, falta de união, de transcendência e de sacralidade das pessoas, da natureza, dos animais e da vida mesma.
COMO PURIFICÁ-LO: Para perceber a compaixão e o amor próprios deste chakra, o primeiro requisito é a auto-aceitação. Isto não significa que não possamos melhorar, e sim que nossa própria estima não depende do cumprimento de alguma condição futura ou imaginária, ou do olhar dos outros. A auto-estima nos facilitará aceitar também os demais com seus defeitos, em virtude do amor incondicional próprio deste chakra.
Também é importante dar-se conta de que estamos criando um ambiente hostil com a própria agressão, produto de nossas crenças erradas. É importante correr o risco de “soltar”, deixar ir, assim descobriremos que é possível viver sem controlar (nem a gente mesmo nem os demais). Se enfrentarmos este desafio, com o passar do tempo chegaremos a experimentar um universo benigno, abundante e seguro.
QUINTO CHAKRA: o som
A chave da maestria é o silêncio, sempre e a todos os níveis, porque o silêncio nos permite discernir as vibrações e discerni-las é ser capaz de captá-las.
Sri Aurobindo

O quinto chakra tem sua sede na garganta, se associa com a comunicação e a criatividade, e seu elemento é o éter (condutor do som).

Nome sânscrito: VISHUDDA (Purificação)
Localização: garganta
Elemento: éter
Função: comunicação, criatividade
Estado íntimo: a síntese de idéias e símbolos
Aspecto negativo: a mentira
Manifestação externa: vibração
Glândulas: Tireóides, paratireóides
Outras partes do corpo: O pescoço, os ombros, os braços e as mãos
Doenças: dor de garganta, torcicolo, resfriados, doenças da tireóides, dificuldades auditivas
Cor: azul brillante
Sentido: o ouvido
Som raíz: Ham
Pétalas: dezesseis, quer dizer, todas as vocais sânscritas
Planetas: mercúrio
Alimentos: as frutas
Verbo relacionado: eu falo
Caminho yóguico: Mantra, Namasmarana (repetição do nome)
Incenso:  benzoína
Pedras preciosas: turquesa, água marina, celestita
Guna: Rajas
Deidades hindus: Ganga (deusa do rio sagrado, relacionada com a purificação) Sarasvati
Força ativa principal: a vibração simpática

A passagem bíblica “Em princípio era o verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”, indica que o princípio da criação divina é o som. De igual maneira, as escrituras hindus sustentam que a criação começou com o som, a vibração primordial. Se ascendermos desde a densa matéria (chakra raiz) para o mais alto, o último e mais sutil elo da criação é o som, a primeira expressão divina.
De fato, todas as manhãs “criamos” a realidade a partir do diálogo interno: “Eu”, “eu sou”, “eu quero ir ao banheiro” e assim por diante até que o mundo vire mais e mais denso. Em quanto à  palavra falada, desde os discursos presidenciais até as conversas com amigos e companheiros de trabalho, ou as discussões matrimoniais, a comunicação cria o mundo a cada momento.
Este centro se chama Visuddha, que significa purificação. Por um lado, isto implica que para abrir com sucesso o quinto chakra deve existir um certo nível de purificação. Segundo, que o som em quanto vibração e força inerente a todas as coisas, é purificador. O som mexe com a estrutura celular da matéria e de fato o caminho yóguico para este centro é a repetição do Nome Divino ou Mantras.
O quinto chakra é o centro da vibração e da consciência que controla, cria, transmite e recebe as comunicações.  Entre seus atributos figuram o escutar, o falar, o canto, a escritura e todas as artes relacionadas com o som e a palavra. É também o centro da criatividade, a clariaudiência e a telepatia, pois a comunicação é uma chave essencial para ter acesso aos planos internos e poder utilizar nossos níveis multidimensionais.

QUINTO CHAKRA ABERTO: O processo de criar é inerente à comunicação e esta requer que entremos em ressonância com aqueles aos quais desejamos transmitir nossas idéias, pensamentos e/ou sentimentos para ter impacto na realidade. Por esta mesma razão, a abertura do quinto chakra inclui a empatia e a sintonia com os demais, próprias do quarto chakra.  A essência da comunicação é a criatividade, já que mediante a linguagem alteramos as pautas existentes e nos convertemos em criadores da realidade e do futuro de nossas vidas.
A harmonia deste chakra também indica que estamos satisfeitos com a profissão que exercemos, ao considerá-la como um meio de expressão.
Conforme avançamos, adquirimos entendimento do mundo no plano "vibratório", que é um plano situado além das formas e dos movimentos do plano material. Também podemos desenvolver a telepatia, definida como "a arte de comunicar-se através do tempo e do espaço sem recorrer a nenhum dos cinco sentidos normais".
QUINTO CHAKRA FECHADO: A comunicação não flui porque não há aceitação da própria voz interior, e nos custará expressarmos. Portanto, se dificulta a criatividade e se faz árduo modificar a realidade. Outra questão associada à obstrução deste centro é a falta de tranqüilidade e silêncio interior, indispensáveis para poder encontrar a fonte da bem-aventurança inesgotável.
O aspecto de assimilação e criação deste chacra também se denomina centro profissional, porque está associado com o lugar que ocupamos na sociedade. Se não estamos confortáveis nesta área da vida, de repente nossa desconformidade se revista de orgulho para compensar a frustração. Porém, internamente ha uma tendência a identificar-se com o papel de vítima, sentindo que a vida não nos deu oportunidades para desenvolver nosso talento.
COMO PURIFICÁ-LO: A criatividade põe em movimento forças interiores, por isso é que os processos criativos resultam terapêuticos ao permitir drenar frustrações íntimas e aumentar nossa capacidade de inovação. Ao exercer nossa criatividade de forma constante e em níveis que impliquem num desafio cada vez maior, manteremos aberto este chakra. Enfrentar o risco de buscar a profissão que a gente deseja, avançar para os contatos que se anseiam e expressar os próprios sentimentos e idéias são formas conscientes e positivas de abrir este chakra.

SEXTO CHACRA: a luz
“Onde quera que olho, estás Tú.”
Bhagavad Gita, cap.11

O sexto chakra, localizado no centro da frente, se associa com a clarividência, a intuição e a imaginação, e seu elemento é a luz.

Nome sânscrito: AJNA (Saber, perceber)
Localição: no centro do crânio, à altura dos olhos ou ligeiramente por cima
Elemento: a luz
Forma essencial: a imagem
Função: A vista, a intuição
Aspecto negativo: a ilusão
Glândulas: Pineal
Outras partes do corpo: os olhos
Doenças: da vista (cegueira ou fatiga visual), enxaqueca, pesadelos, visão confusa.
Cor: índigo
Som raiz: OM
Pétalas: duas
Planetas: Júpiter, Neptuno
Metal: prata
Alimentos: os enteógenos
Verbo relacionado: eu vejo
Caminho yóguico: Yantra yoga
Incenso: artemisia, anis, acácia, açafrão
Pedras preciosas: lápis-lazuli, quartzo, safira estrelada
Guna: Sattva (equilíbrio)
Deuses hindus: Shakti Hakini, Maramasiva (uma forma de Shiva), Krishna
A diferença dos cinco chakras anteriores, o sexto se situa no cérebro, de aí que sua natureza seja mais mental. As propriedades do chakra Ajna são perceber e dominar, assim como a recepção psíquica e a projeção da imaginação mental para o mundo exterior. É um centro relacionado com a capacidade de visualizar e entender conceitos mentais. Inclui os conceitos da vida e as “réplicas” que esta trará.
SEXTO ABERTO: Claro entendimento e alta capacidade para visualizar e entender conceitos. Criatividade e vontade para desenvolver as idéias de forma prática. Se o terceiro centro de vontade executiva está aberto, às idéias segue a ação apropriada para fazer com que se materializem no mundo físico. O amplo desenvolvimento deste chakra pode gerar clarividência (por isso é chamado de “ terceiro olho”).
SEXTO FECHADO: Se este centro gira em sentido contrário às agulhas do relógio, a gente tem conceitos mentais confusos ou imagens negativas e equivocadas sobre a realidade. Ha uma tendência a projetar estas imagens para o mundo e assim criar o próprio mundo sem darmos conta. Si este centro está preso ou é fraco, a vontade executiva estará fechada, as idéias não terão saída no plano material. Tudo isto causará frustração que em geral se compensará com fantasias.
COMO PURIFICÁ-LO: Para abrir este centro é necessário purificar nossas imagens negativas. No processo tem que botar à luz a imagens e ver como se manifesta nas cenas de vida, para ver a imagem claramente pelo que é; uma criação própria projetada no exterior, e poder substituí-la por outras mais positivas e reais.

SÉTIMO CHAKRA: o pensamento
“O mais alto e nobre de todos os nomes de Deus é Sat –Chit-Ananda  (Ser consciência bem-aventurança). Quando o Ser e a Consciência sejam experimentados, a bem-aventurança se manifestará em vocês”. Sathya Sai Baba, Sanathana Sarathi, Junho 2000, p.180

O sétimo chakra se situa na parte mais alta do crânio, se vincula ao conhecimento, à  compreensão e à  consciência transcendente.

Nome sânscrito: SAHASRARA (Multiplicado por mil)
Localização: na coroa do crânio
Elemento: pensamento
Manifestação: informação
Função pessoal: entendimento
Estado psicológico: êxtase, júbilo perfeito
Aspecto negativo: o apego
Glândulas: pituitária
Outras partes do corpo: o córtex cerebral, o sistema nervoso central
Doenças: depressão, alienação, confusão, tédio, apatia, impossibilidade de aprender ou compreender
Cor: violeta ou branco
Som raiz: nenhum
Pétalas: 972  (é  um chakra composto de 960 pétalas e no meio outro centro mais com 12)
Planeta: Urano
Metal: ouro
Alimentos: Jejum
Verbo correspondiente: eu sei
Caminho yóguico: jnana yoga ou meditação
Incenso: Loto, Gotu Kola
Guna: Sattvas
Piedras preciosas: Amatista, diamante
Deidades hindus: Shiva, Ama-kala (a shakti ascendente), Varuna
O sétimo chakra se vincula à consciência transcendente e à fonte de toda manifestação. É o meio que nos permite alcançar o entendimento completo. Cada um dos chakras é uma manifestação da consciência num estrato diferente da realidade, sendo a terra o mais denso e seu oposto, o sétimo chakra o da consciência pura não manifestada. Como meta final de nossa corrente ascendente, é o lugar da liberação definitiva ou moksha. 
SÉTIMO ABERTO: É provável que a pessoa seja muito espiritual e experimente com freqüência estados de consciência expansivos e beatíficos. Esta espiritualidade não se define dogmaticamente nem se expressa com palavras. Trata-se mais de um estado de ser, de uma transcendência que vai além do mundo físico e vai acompanhada por uma sensação de plenitude e bem-aventurança.
SÉTIMO FECHADO: Quando este centro está fechado, a pessoa não experimenta provavelmente esse "sentimento cósmico" de estar unido ao Tudo e não entende do que falam os demais quando se referem a ele. Tampouco acredita em Deus, ou se sente separado e distinto d´Ele.
COMO PURIFICÁ-LO: A abertura do sétimo chakra tem uma condição chave: a humildade, a entrega, a capacidade de prostrar-se diante de Deus. O topo da cabeça se inclina para abaixo e, ao fazer este movimento, a atenção, o sangue, a circulação e o prana (energia vital) se concentram no sétimo chakra. Mediante a entrega nos sentiremos cada vez mais abertos e fortalecidos por ter purificado nosso vínculo com o divino.
Bibliografia consultada:- Novo guía dos  chakras, Anodea Judith, Robin book.
- Chakras, a saude ao alcance de todos